O Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) encerrou o primeiro semestre de 2025 em alta, mantendo o otimismo do setor e projetando crescimento acelerado para o segundo semestre, especialmente nos meses de outubro, novembro e dezembro. Segundo o Panorama Transportes, publicado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística da Infra S.A., todos os modais registraram aumento na movimentação de cargas entre janeiro e junho.
Performance do primeiro semestre — dados consolidados
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Rodovias: 42,5 milhões de metros cúbicos transportados (+7% vs. jan‑jun/2024)
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Ferrovias: 252,7 milhões de toneladas (+0,1%)
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Portos: 483 milhões de toneladas (+0,8%)
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Transporte aéreo: 700+ milhões de quilos em junho (+1,5%)
O crescimento no modal rodoviário reflete a retomada de segmentos estratégicos da economia, com destaque para combustíveis, agronegócio e abastecimento urbano. Segundo Ana Jarrouge, presidente executiva do SETCESP e diretora da CNT, “o modal rodoviário segue sendo a principal engrenagem da logística nacional”, impulsionado pela dinâmica mais intensa de produção e distribuição de grãos e combustíveis.
Segurança operacional em alta
Além do aumento no volume transportado, o estudo aponta queda significativa no número de acidentes fatais em todos os modais:
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Rodovias: redução de 0,9%
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Transporte aéreo: queda de 28,6%
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Ferrovias: diminuição de 25,4%
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Aquaviário: redução de 6,3%
Esses resultados indicam maior eficiência e segurança nas operações logísticas, fortalecendo a confiança de empresas e transportadores.
Perspectivas para o segundo semestre
O setor projeta um segundo semestre mais aquecido, com crescimento puxado pelo varejo, indústria e agronegócio. As demandas de fim de ano devem elevar o volume de cargas e manter o ritmo de operação nas principais rotas logísticas do país.
Otimismo cauteloso — desafios persistentes
Apesar da retomada, o cenário exige atenção. Embora o ambiente econômico e regulatório siga desafiador, há percepção positiva quanto à atividade. Contudo, o crescimento nem sempre se traduz em rentabilidade, principalmente por causa da alta dos custos fixos e variáveis.
Combustível, folha de pagamento, manutenção e encargos fiscais continuam pressionando o caixa das empresas. Mesmo assim, o setor demonstra resiliência e capacidade de adaptação. “O sentimento predominante é de otimismo cauteloso”, conclui Ana Jarrouge.
Perspectiva para o TRC
Com desempenho sólido no primeiro semestre e perspectivas de crescimento no segundo, o Transporte Rodoviário de Cargas reafirma seu papel como pilar da logística brasileira e motor essencial para o desenvolvimento econômico do país. A gestão eficiente de custos e a conformidade regulatória seguem como fatores críticos para manter a rentabilidade e a competitividade.
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