As obras de implantação das praças de pedágio ao longo da BR‑364 avançam rapidamente e já modificam a rotina de motoristas, caminhoneiros e empresas que dependem da principal rodovia de Rondônia. Nos trechos em intervenção, o sistema de pare e siga tem provocado congestionamentos que chegam a durar quase uma hora, afetando a previsibilidade das viagens e atrasando entregas.
Além do tempo adicional no percurso, cresce a preocupação com a segurança. Nos últimos dias, foram registrados acidentes próximos aos pontos de obra. Motoristas relatam que a combinação de pista estreitada, sinalização temporária e longos períodos de espera tem contribuído para colisões traseiras e manobras arriscadas. Em horários de maior movimento, a liberação do tráfego ocorre, em alguns casos, com pouca visibilidade, aumentando ainda mais o risco.
O avanço das obras reacende o debate sobre os impactos econômicos quando as praças começarem a operar. A BR‑364 é responsável pela maior parte do transporte de cargas no estado, incluindo combustíveis, alimentos, hortifrutis e insumos industriais. Transportadoras avaliam que o novo custo no trajeto deve elevar o valor do frete — e esse reajuste tende a atingir diretamente o consumidor final.
Especialistas apontam que produtos sensíveis ao preço do transporte podem sofrer aumentos progressivos. Como Rondônia depende quase exclusivamente dessa rodovia para circulação de mercadorias, qualquer acréscimo operacional tende a produzir efeitos imediatos no custo de vida da população.
Enquanto isso, motoristas seguem convivendo com obras, lentidão e incertezas. A expectativa é de que o fluxo permaneça lento até a conclusão das praças, cuja estrutura cresce em ritmo acelerado. Apesar de reconhecerem a necessidade de melhorias, os usuários cobram planejamento mais eficiente para reduzir transtornos e garantir segurança durante o período de intervenções.
Até o início da cobrança dos pedágios, o cenário de espera prolongada, risco de acidentes e apreensão quanto aos impactos futuros deve continuar fazendo parte da rotina de quem trafega pela BR‑364.
Fonte: Jornal InfoRondonia – 21/11/2025.
