As concessões rodoviárias do Estado de São Paulo continuam desempenhando um papel estratégico no desenvolvimento da malha viária e na competitividade do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). Segundo a Pesquisa CNT de Rodovias 2024, o estado concentra nove das dez melhores estradas do país, todas administradas pela iniciativa privada. O resultado reforça a importância dos modelos de concessão para a qualidade, segurança e eficiência das vias.
No início de 2025, o governo paulista lançou o programa “SP para toda Obra”, com previsão de R$ 30 bilhões em investimentos em rodovias públicas e concedidas. Em seguida, foram anunciados três novos projetos — Circuito das Águas, Rota Mogiana e Lote Paranapanema — que somam mais R$ 21,8 bilhões e abrangem 1.203 quilômetros de estradas em diferentes regiões do estado.
A análise da CNT avaliou 10.760 quilômetros de rodovias paulistas. Destes, 4.366 km foram classificados como ótimos e 3.746 km como bons. Nos critérios técnicos, a pavimentação alcançou 61% de classificação ótima, a sinalização 59,3%, e a geometria da via 41,4%. Ainda assim, trechos sob gestão pública, como as rodovias SP‑055, SP‑125, SP‑079, SP‑312, SP‑322, SP‑171, SP‑250 e SP‑425, seguem demandando intervenções estruturais.
As novas concessões devem trazer maior fluidez ao trânsito, avanços tecnológicos, duplicações e melhorias operacionais. Entre as inovações, destaca‑se o sistema Free Flow, que permite cobrança de pedágio proporcional ao trecho percorrido, atendendo a uma demanda histórica do setor.
Apesar dos bons resultados, especialistas apontam que o elevado fluxo de veículos nas rodovias paulistas ainda exige soluções adicionais de logística e mobilidade urbana, como a ampliação de janelas de entregas noturnas para aliviar o trânsito dos grandes centros.
A continuidade e a ampliação dos investimentos são consideradas fundamentais para manter São Paulo na liderança logística da América Latina, garantindo rodovias modernas, seguras e compatíveis com as demandas crescentes do setor de transporte de cargas.
Fonte: FETCESP.
