Ministro dos Transportes projeta R$ 200 bilhões em investimentos rodoviários até dezembro de 2026
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB‑AL), projeta R$ 200 bilhões de investimentos contratados em rodovias cedidas à iniciativa privada até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2026. A meta faz parte de um ambicioso programa de concessões que visa modernizar a infraestrutura rodoviária nacional e atrair capital privado para o setor.
Ritmo acelerado de leilões
Segundo o ministro, até o fim de 2025 acontecerá um novo leilão rodoviário a cada semana. O certame mais recente foi o lote quatro de rodovias do Paraná, realizado na B3 em São Paulo, vencido pelo Consórcio Infraestrutura PR, composto por EPR Participações e o fundo de investimento Perfin. O próximo leilão está marcado para 30 de outubro, com mais um lote de estradas paranaenses.
“É um conjunto de leilões muito arrojado. É algo muito significativo que o país tenha feito 24 leilões desde o início de concessão, em 1998, até 2022 e nós vamos terminar este ano com 22 leilões e faremos mais 14 no ano que vem”, afirmou Renan Filho.
Últimas concessões de 2025
A última concessão rodoviária do ano será a Fernão Dias (BR‑381), ligando São Paulo a Belo Horizonte — uma das principais rotas logísticas do país e de grande relevância para o transporte rodoviário de cargas entre o Sudeste e o Centro‑Oeste.
Investimentos totais em concessões
Pelos números do Ministério dos Transportes, as rodovias são responsáveis por R$ 200 bilhões dos R$ 300 bilhões de investimentos contratados por concessões no governo Lula. Os demais investimentos abrangem concessões portuárias, de aeroportos e conservação de florestas.
Condições de financiamento e impacto
O ministro destacou que a queda dos juros pode melhorar ainda mais as condições para investimentos privados. Contudo, afirmou que o novo arranjo de financiamento — incluindo debêntures de infraestrutura — já garante investimentos a custos menores do que a taxa de juros de curto prazo, com contratos de 30 anos.
Como exemplo, citou a empresa Pátria, vencedora do primeiro lote de rodovias do Paraná, que conseguiu investimentos de fundos soberanos de Singapura e Arábia Saudita, remunerados a taxas de 2% ao ano — significativamente menores que a Selic atual de 15%.
Impacto para o transporte rodoviário de cargas
Para o TRC, o programa de concessões representa oportunidade de modernização de infraestrutura, redução de gargalos logísticos e melhoria na previsibilidade de rotas. Rodovias concedidas tendem a oferecer melhor manutenção, sinalização e segurança, com reflexos diretos na eficiência operacional e redução de custos para transportadoras.
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